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Palhada residual da produção de sementes de capim

Um problema à espera de solução ou solução à espera de um problema?

“Empresas ligadas ao agronegócio manifestaram interesse na utilização da palhada para fins de produção de energia” Mais do que um problema, a palhada pode representar oportunidade de obtenção de renda”

“Empresas ligadas ao agronegócio manifestaram interesse na utilização da palhada para fins de produção de energia”


Francisco H. D. de Souza1

A produção e a comercialização de sementes para pastagens tropicais são atividades de grande expressão econômica no Brasil, onde cerca de 100.000 toneladas são anualmente produzidas e comercializadas. Isso significa que o país é o maior produtor, consumidor e exportador mundial desse tipo de sementes. As principais regiões produtoras localizam-se no Sudeste do Mato Grosso, Centro-norte do Mato Grosso do Sul, Sudoeste de Goiás, Noroeste e Leste de São Paulo, Noroeste de Minas Gerais, Triângulo Mineiro e Oeste Baiano.

Entretanto, dessa atividade resultam também cerca de 2 milhões ton./ano de palhada (composta por restos de folhas, de talos e de inflorescências), que sobram da colheita das sementes. Nas regiões produtoras de sementes, sua disponibilização ocorre no período seco do ano, em especial, entre junho e agosto. Esse volumoso material ligno-celulósico tem sido descartado principalmente através de queimas não controladas, às vezes causando problemas ambientais nas regiões produtoras. A palhada caracteriza-se pelo grande volume, pela baixa digestibilidade (do ponto de vista de animais ruminantes) e pelo baixo teor de proteína bruta (<4%). Apesar disso, sabe-se que nos anos em que a estação seca é especialmente severa, a palhada é utilizada de forma esporádica no Brasil Central para fins de alimentação de animais ruminantes; para tanto, uso de aditivos, de suplementos e/ou de tratamentos são recomendados para melhoria da sua qualidade nutricional. Essa é, aparentemente, a única forma pela qual a palhada tem sido utilizada até o momento. A identificação de outras alternativas de utilização e/ou de descarte da palhada é, portanto, um desafio e seus resultados têm grande potencial de impacto econômico, social e ambiental.

Esse tema foi amplamente discutido por produtores de sementes de capim e pesquisadores em um Workshop realizado em novembro/2005 na Embrapa Pecuária, localizada em São Carlos – SP. Na ocasião, ficou claramente evidenciado o interesse dos produtores em encontrar alternativas econômicas de uso ou de descarte da palhada. Esse interesse aparentemente deriva não apenas da consciência da maioria dos produtores quanto às suas responsabilidades sociais e ambientais, mas também da possibilidade de obter renda adicional, como forma de reduzir custos. Prevalece entre os produtores a noção de que, mais do que um problema, a palhada pode representar oportunidade de obtenção de renda.

Foi concluído que, apesar da viabilidade técnica de utilização desse material para diferentes propósitos, a viabilidade econômica de uso ainda depende de pesquisas, de ajustes, de levantamentos e de estimativas. Exemplos dessas formas de uso são: cama para aviários, cobertura morta para ‘sistema plantio direto’, produção de compostos orgânicos, produção de energia, produção de produtos químicos-plataforma. Durante as discussões, problemas relativos à coleta, ao condicionamento e ao transporte da palhada foram recorrentes. Face à intrínseca baixa densidade desse material, equipamentos especiais ou de ajustes especiais em equipamentos são necessários para que essas operações sejam economicamente viabilizadas.

Desde a realização do Workshop, algumas empresas ligadas ao agronegócio manifestaram interesse na utilização da palhada para fins de produção de energia e tem realizado testes para avaliar a viabilidade econômica do uso da palhada enfardada como combustível para queima direta em caldeiras. Os resultados das discussões desses e de vários problemas e alternativas encontram-se publicados em um livro (‘Usos alternativos da palhada residual da produção de sementes para pastagens’ - ver box nesta página), à venda na Embrapa Pecuária Sudeste.

1Engº.Agrº., Dr., Pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste, Caixa Postal 339, CEP 13560-970 São Carlos – SP.

e-mail: fsouza@cppse.embrapa.br

Usos alternativos da palhada residual da produção de sementes para pastagens

Lançamento: Embrapa Sudeste (São Carlos-SP)

Editores: Francisco H. Dübbern de Souza, Edison Beno Pott, Odo Primavesi, Alberto C. de Campos Bernardi e Armando de Andrade Rodrigues.

Sinopse: publicação inédita no mercado brasileiro abordando – em suas 241 páginas – processos como a geração de moléculas químicas fundamentais para a geração de biodiesel e outros produtos químicos de elevado valor agregado, além de carvão vegetal, até seu uso como recuperador e conservador de solo e água, como cama para confinamentos animais, como adubo orgânico e como alimento animal. São apresentadas sugestões de manejo logístico, de compactação, carga e transporte do material.

Como adquirir: Embrapa Pecuária Sudeste: (16) 3361-5611 ou www.cppse.embrapa.br


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