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Formando pastos com sementes de VC maior
E, portanto, menos kg por hectares

Artigo publicado na Revista JC Maschietto no 07, setembro/2009

A essa altura do campeonato você já deve saber que a semente de pastagem chegará este ano ao comércio com um padrão de pureza mais alto, para os produtos colhidos em 2009.

Se ainda não sabe, aí vai um breve relato: instrução normativa do Ministério da Agricultura (MAPA) determina um aumento nos padrões mínimos de pureza para as sementes a partir da safra 2008/2009. Para o gênero Brachiaria determinou-se um mínimo de 60% de pureza, e para os Panicuns 40%, com conseqüente elevação em seus valores culturais (VC’s).

Uma semente mais pura implica em menos risco de presença de ‘elementos estranhos’ em sua composição (ovos de insetos, cisto de nematóides, fungos, doenças, sementes de plantas daninhas), menos frete na composição do custo do produto, uma distribuição mais uniforme da semente na área, etc.

Implica também em um desafio que vai mexer com uma cultura que já está arraigada na cabeça da grande maioria dos pecuaristas brasileiros: ele terá que se preparar para formar pastos com uma quantidade menor de sementes por hectare.

O raciocínio é simples: se ele utiliza um produto mais puro e concentrado – e portanto com mais sementes em sua composição – poderá aplicar uma quantidade menor (em kg) por área para obter o mesmo resultado.

Vamos aos números: as sementes de Brachiaria brizantha (marandu, xaraés, mg-4) eram comercializadas com uma pureza mínima de 40% (VC 32% ou 34%m a depender da germinação). Assumamos que o pecuarista utilizava 12kg desta semente por hectare para formar um pasto com plantio a lanço. Agora, com 60% de pureza (VC 48% ou 51%), para ter a mesma quantidade de sementes aplicadas em sua área (em torno de 50 sementes viáveis por m2), ele passará a usar não mais 12, mas 8kg por hectare.

Até aqui tudo claro e matemático, mas agora vem o “pepino”: os equipamentos atuais não têm precisão para uma regulagem com um volume menor. Dificilmente se consegue um ajuste para menos de 10kg por hectare.

O que fazer? Continuar aplicando o mesmo volume (12kg hectare)? Vai ficar mais caro, pois uma semente mais pura tem um preço maior... Esperar que se lance um equipamento com regulagem mais precisa (e até lá deixar de formar pastos)? Inviável, pois seu rebanho continuará a demandar forragem... Praguejar aos céus? Pouco eficiente...

Na realidade há uma maneira simples de contornar esta ‘limitação’: fazer você mesmo, em sua propriedade, uma mescla da semente com outro tipo de material inerte, como adubo, palha de arroz, areia, etc, para substituir o material que vinha junto com a semente de VC menor. Com isso você conseguirá um volume de material (semente + enchimento) compatível com a regulagem mínima dos equipamentos atuais.

Uma vantagem disso é que você tem um efetivo controle sobre a qualidade deste material, garantindo a ausência de outros ‘elementos estranhos’ como os citados acima. Sabemos que há muitas marcas de sementes por aí que não têm este mesmo controle...

De todos os materiais citados o mais recomendado é o adubo, na fórmula do Super Fosfato Simples granulado (conhecido como ‘supersimples’). A grande vantagem desta alternativa é que você aproveitará para administrar ao seu solo algo que ele demandará para garantir o desenvolvimento inicial das plantas da gramínea: o fósforo, que potencializa o desenvolvimento do sistema radicular (raízes) da planta. Além disso tem em sua composição enxofre e cálcio, elementos também importantes na fase inicial do pasto estabelecido.

Uma sugestão seria a mescla de uma pequena quantidade do adubo, na proporção de 2 para 1, ou seja, duas porções de supersimples com uma de semente. A mistura deve ser bem homogeneizada antes de colocada no equipamento para plantio. A foto abaixo página ilustra o procedimento.

O supersimples tem também a vantagem de ter um custo baixo: menos de R$ 1 por kg. Isto por vezes é mais barato do que o material inerte que vem junto com a semente de VC 32%! Além disso, por ser um adubo com fonte de fósforo, enxofre e cálcio, não danifica a semente quando em contato por pouco tempo. Recomendamos fortemente que esta mescla seja feita no mesmo dia do plantio! De maneira simples: faça a mistura para a quantidade de sementes que você pretende plantar no dia.

Mas atenção: nunca, em hipótese alguma, misture a semente com adubos com fontes de potássio e nitrogênio. Estes, por serem sais, tendem a absorver a umidade da semente a danificá-las de maneira irreversível.

O aumento do padrão é uma mudança que veio para ficar. Cremos que esta determinação do MAPA é um primeiro degrau na elevação gradativa que se pretende para a pureza das sementes de pastagem. Dentro de algum tempo o pecuarista brasileiro estará trabalhando com sementes com a mesma qualidade que o próprio Brasil exporta para outros países: 95% de pureza, ou VC 76%.

A mudança é positiva, porém é certo que há o desafio de mexer em um hábito arraigado. Para isso nossa equipe técnica está à disposição para orientá-lo.

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