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Experiência e Mercado
Sementes JC Maschietto
Artigo publicado na Revista JC Maschietto nº 11, junho/2013

Coube-me nesta edição da tradicional Revista da JC Maschietto tratar do assunto “experiência e mercado e sua importância em termos econômicos”.

Mas, o que é experiência?

A palavra experiência vem do latim experientia, que significa conhecimento obtido através de situações repetidas várias vezes. A palavra experientia vem de experiri, testar, que por sua vez vem de ex, que significa fora e peritus, que significa testado, com conhecimento.

Experiência é a habilidade ou conhecimento adquirido com a prática, com a vivência de situações. 

A palavra mercado vem do latim merx, que significa mercadoria, algo posto à venda.

No dito popular, experiência vale ouro e, vale mesmo. E como conciliar experiência e mercado para se dar bem no negócio pecuário?

É fácil. Não ignore os avisos que os indicadores dão e não trate o mercado como inimigo. Aliás, o mercado nunca está contra ou a favor, o mercado simplesmente é.

No caso da pecuária de corte é possível registrar a experiência e, através desse registro, planejar ações de compra e de venda, por exemplo.

Vamos descrever aqui três coleções de fatos econômicos vivenciados ou experimentados que foram ordinariamente registrados para serem consultados para o estabelecimento de estratégias de mercado.

O primeiro deles é a coleção de preços da arroba do boi gordo. Com ela, e com a experiência vivida é possível, com relativo sucesso, determinar ou enxergar a variação dos preços e, com o desenho obtido, identificar um ciclo de variação de preços e saber se ele está começando ou se ele está no fim. Essa informação permite em certa medida prever o que está por vir e tomar decisões estratégicas de longo prazo – como por exemplo determinar o melhor momento para investir na compra de bezerros ou ampliar o rebanho de matrizes.

Figura 1.
Evolução dos preços do boi gordo em São Paulo, em R$/@, a prazo, deflacionados pelo IGP-DI.
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Fonte: IEA / FGV / Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

O segundo exemplo diz respeito à participação de fêmeas no abate de bovinos. Com a coleção dessas informações é possível saber ou estimar a quantidade de bovinos ofertados no mercado e perceber se os preços cairão, subirão ou ficarão estáveis. Com a experiência obtida com a análise rotineira desses fatos, é possível, também, em certa medida, se antecipar a uma guinada de preços e decidir quando investir na reposição ou nos meios de produção, por exemplo.

Figura 2.
Preços do boi gordo em São Paulo (eixo da esquerda), deflacionados pelo IGP-DI, e participação de fêmeas nos abates (eixo da direita).
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Fonte: IBGE / Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

Por último, ano após ano vivendo da pecuária e sofrendo as agruras da vida agrária, é possível entender a sazonalidade dos capins e a sua influência na oferta de rebanhos. Desse modo, salvo exceções, normalmente há uma oferta abundante de boiadas no primeiro semestre e uma escassez no segundo. E isso afeta o comportamento de preços. Tendo essa experiência decido se adoto medidas para nutrir o meu rebanho, de tal forma que seja possível ofertá-lo num período em que falta bois – e com isso ganhar mais por unidade produzida.

Através do conhecimento obtido e testado é possível também ter como quase certo que a oferta no mês de maio ou abril, boca da seca, sempre é maior, derrubando as ofertas de compra. Nesse caso será preciso fazer as contas, com muito cuidado (as contas sempre precisam ser feitas com muito cuidado!) para saber se a retenção do gado no pasto engordando compensará a depressão de preços que normalmente acontece na transição da temporada das chuvas para a temporada de seca.

Figura 3.
Variações dos preços do boi gordo em São Paulo, deflacionados pelo IGP-DI, em relação a janeiro (média de 2002 a 2012).
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Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

Considerações finais

Tenho outra coisa a dizer sobre a minha experiência no mercado pecuário. Ele é imprevisível. Na verdade o mercado pecuário é dinâmico e muda de rumo frequentemente. Não dá para se acomodar. Os exemplos aqui publicados são um esforço para, na medida do possível, estabelecer indicadores do caminho para onde o mercado seguirá. E indicador só indica, não determina.
Em função disso, o melhor a fazer é acompanhar o mercado ordinariamente para que os eventos extraordinários sejam percebidos em tempo de tomar a decisão mais acertada, ou a menos errada, para se ganhar a maior quantidade de dinheiro possível e – na pior das hipóteses – pelo menos não perder dinheiro.



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